terça-feira, 16 de julho de 2013
Fábulas 2
O Galo e a Raposa
No meio dos galhos de uma árvore bem alta um galo estava empoleirado
e cantava a todo o volume. Sua voz esganiçada ecoava
na floresta. Ouvindo aquele som tão conhecido, uma raposa que
estava caçando se aproximou da árvore. Ao ver o galo lá no alto,
a raposa começou a imaginar algum jeito de fazer o outro descer.
Com a voz mais boazinha do mundo, cumprimentou o galo dizendo:
— Ó meu querido primo, por acaso você ficou sabendo da proclamação
de paz e harmonia universal entre todos os tipos de bichos
da terra, da água e do ar? Acabou essa história de ficar tentando
agarrar os outros para comê-los. Agora vai ser tudo na base do
amor e da amizade. Desça para a gente conversar com calma sobre
as grandes novidades!
O galo, que sabia que não dava para acreditar em nada do que a
raposa dizia, fingiu que estava vendo uma coisa lá longe. Curiosa,
a raposa quis saber o que ele estava olhando com ar tão preocupado.
— Bem — disse o galo —, acho que estou vendo uma matilha de
cães ali adiante.
— Nesse caso, é melhor eu ir embora — disse a raposa.
— O que é isso, prima? — disse o galo. — Por favor, não vá ainda!
Já estou descendo! Não vá me dizer que está com medo dos
cachorros nesses tempos de paz?!
— Não, não é medo — disse a raposa — mas... e se eles ainda
não estiverem sabendo da proclamação?
MORAL: CUIDADO COM AS AMIZADES MUITO REPENTINAS.
ESOPO. O Galo e a raposa. In: Fábulas de Esopo. 11ª reimpressão. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2001. p. 22.
A história se resolveu quando
(A) a raposa foi embora.
(B) a raposa ouviu o galo cantar.
(C) o galo fingiu preocupação.
(D) o galo pediu que a raposa ficasse.
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